Política é coisa pra gente grande ?!?

É bem verdade que o voto aos dezesseis anos, portanto, menor de idade nos termos do Código Civil (art. 5º), é opcional, logo, sob esse prisma, política não é coisa pra gente tãooo grande assim né ?? e ainda, para reforçar o questionamento do título, em tempos de eleição, é assombrosamente comum surgirem candidatos à ingressarem na vida política sem o menor preparo para o ofício, vale salientar que na atual gestão, o cargo de maior gabarito do Poder Executivo não está sendo ocupado por nenhum Doutor letrado, pelo contrário, não ostenta nem o diploma de segundo grau completo, o que inevitavelmente abriu precedente para novos mestrandos em "ciências ocultas" ou PHDs em "coisas" do senso-comum...a prova está no festival de baboseiras que temos a oportunidade de presenciar nos ditos horários eleitorais, é cada figura que eu vou te falar Ó...e para ilustrar essa triste e decadente realidade, temos ninguém mais, ninguém menos que ele: Tiririca, candidato ao cargo eletivo de Deputado Federal, com o slogan “Vote Tiririca, pior que tá, não fica”...se não fosse trágico, com certeza seria cômico, e nesse viés, são inúmeros os exemplos a serem destacados, até as "popozudas" do funk com denominação frutífera, como a mulher melão, resolveram enveredar pelo "caminho das pedras" e se ocuparem de assuntos públicos, tão engajadas não acham ?? haha...são os "artistas" querendo fazer "arte" no ramo da política, como se não bastassem os de carreira que já pintam o 7 e fazem "A Festa" com as finanças públicas...o mais engraçado e curioso é que os chamados "neo-políticos" não querem começar por baixo não, ou seja, dá início a sua militância como síndico de condomínio, presidente de associação do bairro e etc, esses cargos aí é que dão experiência e, sobretudo, consciência da repercussão das decisões tomadas, da idéia de coletividade, enfim, do quão é importante a seriedade e o comprometimento, maaas não, a ambição é tamanha que ninguém quer se prestar a papéis coadjuvantes, muito menos se preocuparem com pormenores, a questão é ir logo pra Brasília, ao Congresso Nacional, ou no mínimo serem integrantes das Assembléias Legislativas...nesse cenário conturbado e enfadonho, há até a volta de "mortos-vivos", como no caso daquele velho conhecido nosso que sofreu um “impeachment” no passado por desrespeitar a “res publica”, cometendo uma infração político-administrativa, poisé ele mesmo, eis que ressurge das cinzas como a ave fênix da mitologia grega, agora querendo ser Senador, tentando se beneficiar daquele dito "que o povo tem memória curta" ai ai...em tese, no Brasil não há repristinação, a lei morta não volta do além, mas os políticos hein ?? esses voltam até das profundezas do inferno (affê), contudo, nesse período da "dança das cadeiras", em outras palavras, de "troca-troca" mesmo, está em voga (ou em "Vogue" rs), aquela máxima que preceitua: "no amor e na guerra vale tudo", e como as coisas estão mais pra uma guerra fria, salve-se quem puder, aliás, vote-se em quem quiser, porém, primando sempre por uma consciência social de que estamos lidando com escolhas de suma importância e que (correndo o risco de ser piegas) definirão o nosso futuro enquanto coletividade, portanto, exerça sua cidadania de forma plena e responsável, posto que Política é sim, ou ao menos no plano do ideal, deveria ser, coisa pra gente grande, afinal o destino de toda uma nação não pode ser encarado como uma simples anedota não é ??? 

                                                                                                     Morgana Mendonça